Arritmia cardíaca é uma doença hereditária?

Nosso coração trabalha dia e noite para atender às nossas necessidades corporais. Quando ocorre alguma mudança na sequência do seu ritmo, os batimentos cardíacos se tornam desordenados. Essa desordem pode ser lenta ou rápida. Para este tipo de alteração, se dá o nome de arritmia cardíaca.

Em algumas situações, ela é totalmente fisiológica. Praticantes de atividade física tem seu batimento cardíaco acelerado. Quando estamos dormindo, nossos batimentos se tornam mais lentos.

Contudo, existem situações e algumas formas de arritmia que são consideradas patológicas, e que acometem de 1,5% a 5% da população em geral.

São patologias que podem se manifestar tanto em homens, mulheres e crianças. O tipo mais comum dela é a Fibrilação atrial (FA).

Entre seus sintomas mais comuns estão:

  • Fadiga;
  • Enjoos;
  • Pressão baixa;
  • Falta de ar;
  • Palpitações no Coração.

Em condições normais, nosso coração costuma bater entre 60 a 100 vezes por minuto. Caso a frequência de batimentos for maior que 100 batimentos, tem-se a taquicardia. De modo contrário, caso ela seja lenta, é chamada bradicardia.

Quais os principais tipos de arritmias?

Para entendermos melhor de que forma as arritmias se manifestam, vamos primeiramente compreender a anatomia do nosso coração.

Ele é dividido em duas câmaras. Uma acima e outra abaixo. A superior é formada pelos átrios direito e esquerdo; a de baixo; pelos ventrículos direito e esquerdo. As arritmias ocorrem em diferentes partes desses espaços.

Dessa forma, as principais arritmias são as seguintes:

  • Fibrilação atrial: Tipo mais comum. Ela acomete 30% da população idosa e é a mais preocupante de todas. Isto, pelo fato de ele promover a perda de 25% a 35% de rendimento do coração.Além disso, ela faz com que ocorra um acúmulo de sangue na cavidade atrial,o que leva a formação de coágulos. Esses coágulos podem entrar na corrente sanguínea e chegar até o cérebro, causando o que chamamos de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
  • Bradicardia: caracterizam-se por batimentos mais lentos que o normal;
  • Taquicardias supraventriculares: consideradas benignas, elas decorrem do estresse e da tensão. São batimentos a mais do coração;
  • Arritmias ventriculares: batimentos cardíacos rápidos e desordenados.

Quais são as causas desse problema?

As causas da arritmia cardíaca estão ligadas a causas multifatoriais. De forma geral, decorrem de cardiopatias, ou seja, doenças  cardíacas. Entre suas possíveis origens, temos:

  • Idade;
  • Defeitos congênitos;
  • Idade;
  • Hipertireodismo;
  • Estresse;
  • Hipotireoidismo;
  • Tensão emocional;
  • Tabagismo;
  • Consumo de bebidas energéticas em excesso.

Entre outros.

Afinal, trata-se de uma doença hereditária?

O que caracteriza uma doença hereditária?

Tratam-se de doenças transmitidas por gerações. Elas fazem parte da genética familiar, e por este motivo, são hereditárias.

Como todos sabemos, alimentação balanceada e práticas regulares de exercícios físicos fazem bem para nossa saúde, inclusive para a saúde do coração. Dessa forma, é importante que isto seja mantido!

Contudo, às vezes, o fator hereditariedade pode influenciar em todo esse processo.

Logo, a arritmia pode sim, ter origem hereditária. 

As doenças cardíacas, além da morte súbita, podem causar ainda insuficiência cardíaca, fibrilhação auricular e problemas tromboembólicos. A maioria desses sintomas pode ser evitada com diagnóstico e tratamento adequado.

Como diagnosticar uma doença hereditária?

Em suma, para o diagnóstico de uma doença hereditária, o médico precisa fazer a análise do histórico familiar e hábitos do paciente. De forma cuidadosa, com recursos laboratoriais e experiência clínica, é possível obter resultados rápidos e claros.

Testes genéticos, realizados com amostras de sangue, saliva ou qualquer material que possua material genético (DNA), já são suficientes para a obtenção de diagnósticos.

Além disso, esses exames podem ser realizados também para constatar as chances de o paciente desenvolver alguma doença genética ou até mesmo de transmitir uma doença hereditária na gestação.

Principais síndromes associadas as arritmias hereditárias

Nos últimos anos, um número crescente de genes associados a arritmias hereditárias tem sido identificado. Isto vem impactando de forma muito positiva, tanto na compreensão do mecanismo de tais doenças, como também no manejo clínico dos pacientes e das suas famílias.

Assim, entre as principais síndromes associadas a arritmias hereditárias, temos:

Síndrome do QT longo

Condição causada por mutações congênitas em genes relacionados a função dos canais iônicos de sódio e potássio das células do coração. Caracteriza-se por um prolongamento no potencial de ação cardíaco, o que aumenta a suscetibilidade a um quadro de taquicardia.

Síndrome do QT curto

Em suma, trata-se de uma doença raríssima. É considerada uma doença de origem genética, autossômica dominante, e está associada a alterações em genes que codificam proteínas de canais iônicos que participam da regulação da atividade elétrica do coração.

Síndrome de Brugada (SB)

Trata-se de uma condição rara, que acomete sobretudo homens adultos e sem cardiopatia estrutural. Apesar de a maioria dos portadores de SB se manter assintomática, esses indivíduos podem ter episódios de síncope recorrente ou mesmo crises convulsivas de etiologia inexplicada.

Taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica

Condição marcada por episódios de taquicardia ventricular polimórfica, desencadeada por estímulos adrenérgicos, como exercícios e estresse emocional, levando pacientes a risco de evolução para fibrilação ventricular e morte súbita.

Caso você ainda tenha dúvidas sobre arritmias e hereditariedade, entre em contato com a equipe da Vittacor!

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